Me considero privilegiado por poder ter visto pessoalmente as obras de arte da Renascença em Florença, obras como a Primavera de Botticelli, o Davi de Michelangelo e muitas outras, assim como as esculturas romanas na Galeria Uffizi, que tanto enchem a alma do observador que se permite mergulhar com serenidade nestas obras.
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A arte clássica tem este poder alquímico de transmutar o chumbo em ouro, de acordar a alma adormecida, um despertar sereno que nos leva para um estado de espírito calmo, elevado, feliz e completo, tal é o poder da beleza, e esses artistas da renascença e do mundo clássico, através da filosofia e de conhecimentos milenares, desenvolveram a capacidade verdadeiramente humana, de criar representações físicas de arquétipos divinos, de trazer o sagrado ao nosso mundo.
Por outro lado, em nosso tempo, temos visto a arte se degenerar em obras sem sentido e sem forma, que o único sentimento que despertam, nem mesmo é um sentimento, pois só estimula emoções baixas, conflitantes, angustiantes, juntamente com desagregação das formas mentais, que se tornam desconexas e sem os atributos da beleza que tanto enchem a alma do observador.
A beleza é um fim em si mesma, não precisa ter um motivo para existir, ela é por si só, transforma quem a observa com os olhos da alma e nos leva para um tempo e espaço sagrado, onde existe a harmonia, o contentamento, o amor e a plenitude, por isso é essencial para o crescimento humano, pois nossa parte humana é a parte que une o céu e a terra, nossa parte sagrada.