Como o coelho maluco da Alice no país das maravilhas, nos acostumamos a andar por ai dizendo: “É tarde, é tarde, é tarde até que arde, ai ai meu deus, alo, adeus, é tarde, é tarde, é tarde”.
Além da pressa habitual onde não sabemos ao certo se essa pressa é para chegar em algum lugar, ou é só a velocidade para aumentar a emoção, também temos a pressa de obter resultados imediatos, com urgência e se puder ser instantâneo é melhor ainda.
Depois destes dois paragrafos apressados, deixe-me voltar a lentidão que é própria das tartarugas que ficam a observar as lebres em suas idas e vindas.
A realidade é que nada que realmente valha a pena pode ser conquistado rapidamente, há uma estranha relação entre o difícil, o duradouro e o válido.
Tenho acompanhado como os casamentos ja não duram mais, ao primeiro sinal de desequilibrio ou desentendimento ja se renuncía ao compromisso e opta pela saída mais rápida.
Isto também é válido para grandes ideais, eles já são raros em nossa história atual, nem mesmo os grandes feitos como pisar na lua por exemplo, nada mais vale a pena se não gerar lucro rapidamente, não vou nem fazer comparações com antigas civilizações para não ficarmos envergonhados mediante a uma escultura grega ou uma pirâmide egípcia.
Quero sugerir uma solução para o final deste artigo e quero me ater a família e amigos. A chave é PACIÊNCIA E TOLERÂNCIA, entender que todos, inclusive nós mesmos, demoramos muito tempo para mudar um pouquinho apenas, e o engraçado é que quando trata-se de nós mesmos na maioria das vezes temos uma visão fantasiosa dos nossos progressos, mas quando trata-se dos outros, rapidamente conseguimos indicar que erraram nisso, foram lentos naquilo, nunca aprendem tal coisa e por ai vai…
A lebre corre muito, mas a tartaruga pode nos contar muito mais em relação ao caminho.