Por vezes nos deixamos levar por diálogos intelectuais internos, aquela vozinha que tenta nos convencer de inúmeras coisas, quase sempre atrelada ao egoísmo e a jogar a culpa dos nossos problemas em outras pessoas ou situações.
Esse diálogo interno vem de nossa pequena mente, a mente dos desejos, que tem a função de manter-nos vivos e em boas condições físicas, porém em nossa atual fase de evolução, essa voz interior do intelecto acaba por nos prejudicar mais do que ajudar, devido ao seu teor egoísta e instintivo.
Chega um momento na evolução de todo ser humano, que gradualmente se muda a polaridade de sobrevivência para altruísmo e união, e racionalmente não é tão fácil aceitar este paradigma, pois mesmo sentindo dentro de nós mesmos que o todo é mais importante do que o eu, acabamos agindo no piloto automático e obedecendo nossos instintos que foram os responsáveis por termos sobrevivido e chegado até aqui.
Este é um processo de depuração lenta e paciente, mas que vai ganhando velocidade de forma exponencial a partir de certa altura.
O difícil disso é que nossa grande mente, a altruísta, não tem dialogo interno, ela apenas brilha, apenas irradia e clareia, mas como estamos muito acostumados a usar a linguagem falada para nos comunicarmos com o mundo e nós mesmos, é como se faltasse algo ou até mesmo como se esse grande eu, o mestre interior, nem existisse em alguns momentos, quando o barulho interno é muito intenso.
Mas não desista nobre amigo, o seu destino é a luz, mais cedo ou mais tarde, procure acalmar a mente, pacificar a emoção e relaxar o corpo físico, diminuindo a agitação, pois assim como só se pode enxergar o reflexo da lua em um lago calmo, da mesma forma funciona com nosso mestre interior que só se mostra em uma personalidade pacificada.